Energia e Numeros ©
Dra. M. Angelica Fonseca K.
ROCCALBEGNA – 2014
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Significado dos Numeros
No nosso mundo cotidiano os numeros tem apenas um significado de quantidade, nos ajudam a efetuar transações comerciais.
Na antiguidade os numeros de 1 a 10 eram vistos de forma diferente. Cada um deles representava um principio e esses conceitos eram utilizados para se entender a energia que permeia e sustenta aquilo que se manifesta como vivente ou parte do universo.
A cada numero correspondia uma forma geometrica regular em duas ou tres dimensões. Quando nos referimos aos numeros com relação as suas qualidades utilizamos uma nomenclatura diferente. Assim, o numero 1 é chamado de Monada, o 2 de Diada, o 3 de Triada e assim por diante.
A Monada, ou o numero 1, que é representada pelo circulo (duas dimensões) ou pela esfera (tres dimensões) representa a Unidade . Da minha experiencia com a qualidade dos numeros dentro da geometria sagrada me permito afirmar que a Monada realmente simboliza o Uno, a Unidade, O Universo e pode ser considerada como aquilo que da origem a todos os outros numeros e as formas que eles representam. Assim, iniciamos a perceber os numeros e suas formas como simples manifestações de diferentes qualidades da Monada.
A nossa realidade é formada através daquilo que percebemos. E aquilo que percebemos esta condicionado as informações que vem através dos nossos sentidos e também aquilo que aprendemos a acreditar, a tomar como verdade.
Como nossos sentidos podem apreender apenas uma porção infima do espectro de energia e, assim, é como se estivessemos dentro de uma casa fechada e apenas pudessemos perceber o mundo atraves de algumas janelas. Os objetos parecem fixos. Vemos um botão de rosa hoje e mesmo que estivessemos tres dias em seguida a olhar pra ele não perceberiamos o seu desabrochar. Vemos „fotos“ da realidade, mas não a realidade em si. Isso é um grande handicap e a causa de muitos enganos, pois „tudo“ esta em movimento e em transformação, o tempo todo.
E possivel se abordar os numeros como formas transitorias de percepção da realidade. E, assim, iniciar um percurso de maior compreensão de como“tudo“ esta em fluxo e interconectado. E por paradoxal que pareça, a geometria – que parece inicialmente ser o que de mais „fixo“ e cristalizado que existe é algo que pode nos ajudar a obter a percepção do fluxo e também a perceber o pensamento linear.
Para iiniciar vamos nos limitar inicialmente a considerar os numeros e suas formas correspondentes em apenas duas dimensões.
Desenhar manualmente, usando o compasso, regua e lapis é, do meu ponto de vista, essencial! 🙂
Pontos Importantes ao se desenhar
Os tres instrumentos básicos que iremos utilizar: compasso, esquadro e lápis são muito antigos, e foram encontrados em várias formas em muitas culturas. Faça um esforço para desenvolver uma atitude própria ao desenhar e procure se lembrar dos seguintes pontos:
- Procure estar atento em cada ação que voce realiza durante o desenhar, sendo consciente de cada passo.
- Se voce não apagar os erros com o borracha voce irá se conscientizar de que com prática e tempo voce irá desenhar cada vez melhor.
- Independente de estar usando um compasso de metal ou uma corda atada à um pedaço de madeira, esses instrumentos simbolisam atributos divinos. Trate-os com respeito.
COMPASSO – Ao fazer um círculo segure o compasso na sua extremidade superior, não na sua perna, para evitar que o circulo saia imperfeito. Desenhe cada circulo numa rotação completa, sem exitar. Sempre que possível complete todos os arcos para poder ver o padrão completo de forças.
ESQUADRO – Quando círculos se intersectam, pontos de energia são criados. O esquadro nos possibilita passar linhas entre esses pontos, revelando assim padrões de energia entre eles.Quando for passar uma linha, coloque seu lapis num ponto dos pontos e coloque o esquadro, levando ao segundo ponto. Coloque então o lápis no segundo ponto para verificar se está correto. Segure o esquadro firmemente e trace a linha na sua direção em uma vez. Imagine a linha que emerge como um caminho por onde a energia passa.
LAPIS – Mantenha a ponta afiada. O lápis e o papel traduzem a energia em simbolos que são então acessiveis à nossa visão.
Monada
A palavra Universo ( do latim “universus” – uma volta) também está conectada com a Monada, desde que para desenharmos nós movemos o compasso em apenas “uma volta”.
A Monada se expande à partir do se centro, da sua “semente” invisível. Ela é criada e sustentada através deste ponto, deste poder misterioso e profundo que à partir do “não manifesto” gera “tudo”, um Universo.
Todas a formas são criadas e sustentadas por esse ponto invisível, pela essencia criadora que se expande. Pode-se fazer referencia à esse misterio através das palavras, o desenhar consciente nos aproxima pouco à pouco dele.
A Unidade, o Um não era considerado como um “número”, senão como o gerador de números. Desde que 111111111 x 111111111 = 12345678987654321. considerava-se que a Monada respira no vazio e cria todos os números subsequentes. Pegue a calculadora e confira!
Ponto
A Monada começa com o Ponto, a Essencia do círculo. Um Ponto verdadeiro é impossivel de se desenhar, porque ele não possue dimensão – ele não apresenta comprimento, profundidade ou altura. O Ponto funciona como uma semente, dando nascimento à Monada, a geradora de todas as formas.
Desenhando o círculo
- Faça um ponto, mantendo-se consciente de que um ponto verdadeiro é impossível de ser desenhado, desde que ele não tem dimensão – altura, comprimento ou largura. Geometria Ideal é impossivel de ser exercida sem instrumentos materias. Entretanto, um ponto simbolisa um centro. Quando refletimos sobre nós mesmos, qual Centro é simbolisado pelo Ponto? Ele não é físico, mas sem ele a vida não existiria. Quais seriam suas características? Um delas é a pura capacidade de se perceber, de se estar atento – a semente da nossa capacidade de estarmos atentos.
- Abra o Compasso. Gire-os para completar o circulo em uma volta. Voce acaba de desenhar um Uni-verso.
Agora, permanecça por alguns momentos em silencio e considere o que voce fez. Voce foi:
do Ponto para o Círculo
do “sem Dimensão” para o Uni-verso
do Nada para o Todo
Voce acabou de experienciar o Primeiro Principio da Monada como Geradora de todos as Formas, a abertura da luz, espaço, tempo e poder em todas direções.
Ciclos – Segundo Principio da Monada
O segundo principio da Monada é simbolisado em muitas culturas como uma roda, representado os ciclos da natureza, ritmos e periodos. Os ciclos mais óbvios são o da respiração, o das necessidades fisiológicas como fome e sede, por exemplo. Na Natureza o ciclo dos elementos, como o do Carbono.
Na presença de LUZ SOLAR as plantas transformam o gas carbonico + agua em carboidratos + oxigenio. Os animais e seres humanos transformam novamente os carboidratos em outros compostos que fornecem energia liberam novamente o gas carbonico e outros compostos mais simples na atmosfera e o ciclo se completa.
Considere que literalmente somos alimentados pela LUZ!
Nossos sentidos são “enganados” pelas vibrações ciclicas rápidas, de modo que diversos movimentos cíclicos como o som, odores e sabores parecem ser contínuos para as nossas faculdades de percepção. Por exemplo, quando a roda de uma bicicleta ou as laminas de um ventilador giram vagarosamente nós podemos identificar cada aro ou lâmina individualmente. Mas quando eles giram com uma velocidade maior do que 1 550 Hz ( 1 Herz é um ciclo por segundo), a roda da bicicleta e o ventilador tem a aparencia de um disco sólido.
girando mais rapido que 1 550 Hz
Olhe para qualquer objeto “solido” ao seu redor. Conscientize-se de que a aparencia da sua “superfícies” é devida aos átomos que vibram tão rápidamente que dão ao nosso sistema nervoso a impressão de uma superfície lisa. O mesmo é verdadeiro para o nosso senso de audição, que percebe apenas sons que vibram entre 10 à 16 000/20 000 Hz.
Terceiro Principio da Monada – Espaço Eficiente
O terceiro principio da monada está ligado à area da circumferencia. O Circulo contém o maior espaço, dentro do menor perimetro. Casas circulares contém o maior espaco, com a minima exposição ao tempo e utilizando a menor quantidade de materiais, tempo e energia para ser construida. As casas de alguns povos nômades, como os mongóis, que utilizam a jurta, dos esquimós e de muitos pássaros é construida utilizando este principio.